(Imagem: Brasão da Pomerânia)
Pomerânia (Pomernland)
É a terra de origem da maioria dos elementos em estudo no presente trabalho.
O nome Pomerânia é a forma latinizada de uma palavra eslava Pomeriô (em polonês Pomorze), que significa "País ao longo do mar". É uma faixa de terra que se estende ao norte da Polônia, ao longo do mar Báltico e se prolonga Alemanha adentro na região de Mecklenburgo. O alimento básico e muito precioso para o povo "pomors" era o arenque, ou como nós conhecemos, o peixe hering.
Efetivamente, em sua origem, a palavra designava toda costa meridional do Báltico. Mais tarde, foi aplicada à região que se estende entre o Oder e o vistula.
É uma região plana, de atividade essencialmente agrícola, com grandes latifúndios, em que os pequenos agricultores eram agregados aos "barões", proprietários da terra, para quem produziam, vivendo em situações miseráveis.
Nos primeiros séculos da Idade Média, a Pomerânia foi inteiramente habitada por tribos eslavas (russos poloneses, bósnios, sérvios, tchecas, dákmatas, croatas), que cedo foram sendo substituídas pelos germanos. Os eslavos formam o primeiro grande estado oriental, conhecido com Rus Kyivana ou Rus' (pronuncia-se Rush) de Kiev por volta do séc. IX. Sabe-se que, sobretudo sob a influência dos Normandos, os Pomeranos formavam espécies de república de mercadores ou de simples dinastias de clãs.
Os Normandos são definidos como um povo de origem germânica originários da Escandinávia (Suécia, Noruega, Dinamarca). Ao que tudo indica, os normandos que governaram os eslavos eram provenientes da atual Suécia, embora alegue-se a possibilidade de serem originários da atual Dinamarca.
Como os outros eslavos da Alemanha, os Pomeranos eram bárbaros pagãos.
Sua divindade principal, Triglav (deus de três cabeças) tinham um templo famoso na cidade de Stettin.
No século XII, ainda, eles praticavam a poligamia. Esse povo tinha os seus deuses da natureza.
A partir do séc. XII, toda a região foi aberta à imigração alemã, em razão da germanização do país. Devido a essa e outras aberturas os pomeranos se constituem por uma mistura de germanos (homens bravíssimos, ferocíssimos, de grande porte e estatura. Os germanos, enfim, provocavam medo) com eslavos oriundos de regiões antigamente ocupadas pelos celtas.
Os celtas eram povos guerreiros que dominaram grande parte da Europa por quatro séculos, os celtas são provavelmente, originários do sudoeste da Alemanha. Segundo Pausânias e César, o nome de celtas era o que a si próprios davam os gauleses chamados Galli pelos romanos. Os antigos chamavam celtas ao conjunto de povos que habitavam a Europa Central, desde o Oceano até o Mar Negro (Anexos: Mapa da Europa).
Após terem invadido a França, a Suíça e as ilhas Britânicas, saquearam Roma em 390 a.C. Mais tarde, ocuparam a Espanha e, dominando as regiões vencidas, dirigiram-se para o Oriente e atingiram a Ásia Menor, onde fundaram o reino chamado Galácia. Alcançaram o auge de seu poder por volta do ano 250 a.C. Conforme o dicionário da Bíblia de Estudo Almeida, a Galácia compreende as cidades de Antioquia, Icônio, Listra e Derbe, as quais o apóstolo Paulo visitou na sua primeira viagem missionária (At 12.25-14.28) Paulo escreveu uma epistola muito importante às igrejas dessa região (Gl 1.2). História da Polônia, Wikipédia - Além da tribo dos polanos, habitavam outras tribos eslavas ocidentais: selisianos, vistulianos, pomeranos e mozonianos.
Os pomeranos, originalmente, são tribos eslavas que se deslocaram para a Polônia e Alemanha. Seu território acabou dividido entre esses dois países.
A Pomerânia teve suas condições políticas diversas vezes alteradas durante a formação do Estado Alemão. No século XVIII, os pomeranos se concentravam em uma província da Prússia. No século XIX, o regime czarista que ocupava a Prússia, na tentativa de russificar à força os poloneses e os demais povos que estavam no território, forçou a emigração de centenas de milhares de pomeranos. Alguns se refugiaram na Alemanha e muitos procuraram outros países. Os que ficaram se miscigenaram rapidamente a fim de evitar as perseguições. Assim, pode-se dizer que não existem pomeranos em suas áreas de origem. Perseguidos por todos os lados, os que ficaram na Europa perderam todos seus traços culturais, inclusive o dialeto que é considerado oficialmente morto.
Além das perseguições sofridas, os motivos que fizeram os pomeranos emigrar foram a pobreza e a falta de terras, problema agravado devido ao morgatio, uma lei que estipulava que a distribuição de terras por herança teria como beneficiário apenas o filho primogênito. Aos demais restava a possibilidade de se empregar em grandes propriedades ou emigrar, opção adotada pela maioria. Em razão disso, a busca por um pedaço de terra era o grande chamariz para estes alemães.
Em 1919, a Pomerânia foi anexada pela Polônia e assim permaneceu até 1939, no início da Segunda Guerra Mundial, quando foi tomada pela Alemanha. Com o fim da Segunda Guerra, seu território foi dividido entre a Alemanha e a Polônia.